God of War: Ascension

Destrinchamos o novo trailer de God of War: Ascension

Desde que a Sony anunciou God of War: Ascension, um misto de empolgação e receio tomou conta dos fãs. Também pudera, já que a confirmação de que o novo game do Fantasma Espartano traria um modo multiplayer inédito na série fez com que muita gente temesse que algumas das principais características da franquia se perdessem. No entanto, parece que as coisas não são tão apocalípticas assim.

No vídeo God of War: Ascension Unchained – The Desert of Lost Souls, a equipe de produção do estúdio Santa Monica comenta um pouco do processo de criação dos elementos visuais que fazem parte de um dos cenários do modo online e mostram que, apesar de ser o primeiro passo por um caminho até então inexplorado para Kratos, a brutalidade continua a mesma.

Um gigante para todos aterrorizar

O primeiro grande destaque do vídeo de desenvolvimento é exatamente o enorme monstro que apareceu nos trailers anteriores. Localizado em meio a uma das arenas no modo multiplayer, oMegalops é muito mais do que uma simples peça do cenário, mas um obstáculo a mais que você terá de vencer enquanto tenta derrotar os demais jogadores.

De acordo com os designers da produtora, dar vida a esse ciclope gigante não foi tarefa fácil. Desde o princípio, os artistas tiveram de tomar vários cuidados para manter a essência da série God of War nesse inimigo colossal, mas sem torná-lo caricato demais ou que ele fugisse das origens da franquia.

A boa notícia é que, apesar de todo o sofrimento dos desenvolvedores para evitar essa armadilha, o resultado parece estar muito bem feito. Tanto que, à primeira vista, percebemos que seu visual não está cartunesco e que aquela criatura é realmente má. Ele está acorrentado nesse deserto por alguma razão e nós não precisamos de uma explicação para saber que ela não é nada boa.

Mas se isso ainda não for o suficiente para convencê-lo de que esse Megalops merece seu respeito, basta olhar para seu pescoço. Nas primeiras artes conceituais do inimigo, ele usava uma espécie de colar feito com crânios humanos. A ideia evoluiu para corpos e cabeças decapitadas. No entanto, nos breves momentos em que podemos olhar a besta de um olho só, percebemos que ele não tem nada além das correntes que o aprisionam. Uma pena.

Construindo seu inimigo

Embora tenha sido eliminado no projeto final, o colar de esqueletos tinha uma segunda função dentro do conceito do Megalops. Mais do que mostrar que ele era mau e terrível, a ideia de um acessório tão incomum era dar ao jogador a real sensação de quão gigantesco era o monstro. Ao ver o ciclope usando crânios humanos como bijuterias, o jogador rapidamente teria uma noção do tamanho da ameaça e o que ela poderia fazer caso o atingisse.

Por outro lado, essa grandiosidade não é um desafio apenas para os guerreiros mitológicos, mas também para a equipe de produção. Uma estatura colossal significa que aquilo que deveria ser apenas um detalhe do personagem precisa ser cuidadosamente trabalhado, pois isso será tão destacado quanto os próprios personagens nas arenas.

O maior exemplo disso é a mão do monstro. Enquanto os jogadores não se importam com a quantidade de elementos nos dedos de seus guerreiros — pelo simples fato de tudo isso ser praticamente invisível durante a ação —, o Megalops sofre de um mal... Maior. Cada veia, poro e reentrância de sua pele devem ser cuidadosamente trabalhados para passar a sensação de realismo necessária, sobretudo em seus braços e rosto, que ficarão expostos.

A boa notícia é que o estúdio Santa Monica realmente parece estar caminhando nesta direção, tanto que até mesmo os efeitos de luz e sombra seguem essa linha em God of War: Ascension, deixando tudo muito bonito e do jeito que os fãs gostam.

E como não poderia deixar de ser, até mesmo a brutalidade da franquia está sendo cuidadosamente pensada. No caso apresentado no vídeo, os jogadores podem simplesmente atacar o Megalops e desfigurar seu já não tão belo rosto. Com isso, ele ganha um terrível corte em seu rosto com direito a músculos pulsando e a ossos partidos. Uma visão nada bela, mas que está sendo construída de modo que você se impressione sempre que isso acontecer.

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